A pandemia mudou o hábito de consumo dos brasileiros. Quem já estava acostumado a comprar pela internet intensificou a prática. Já quem prefere comprar em loja física precisou se adaptar. Para as empresas que realizam vendas no e-commerce é um momento de oportunidade para oferecer a melhor experiência para o cliente. O objetivo é fidelizá-los para que continuem comprando mesmo pós-pandemia.
É importante explicar que o e-commerce brasileiro não cresceu só devido a pandemia. Afinal, o Brasil já estava na lista como um dos países que mais cresceria nas compras online. Agora, é fato que a pandemia acelerou as coisas. Só no segundo semestre de 2020 foram 164,7 milhões de pedidos faturados, disparado o melhor resultado em todos os anos.
Antes de falarmos sobre o primeiro semestre de 2021, vamos entender como foram as vendas no e-commerce brasileiro em 2020 e no primeiro trimestre de 2021.
Vendas no e-commerce em 2020
A pandemia do coronavírus explodiu no Brasil em 2020. No mesmo ano as vendas no e-commerce cresceram 41%, com faturamento total de R$87,4 bilhões. As informações são referentes a pesquisa realizada pela consultoria Ebit/Nielsen em parceria com Bexs Banco.
O crescimento foi de 30% a mais que em 2019, sendo um total de 194 milhões de pedidos. Ou seja, é a prova de que o brasileiro migrou para as compras no digital. E as marcas investiram em mais agilidade, segurança e eficiência. Além disso, é mais do que comprovado que as empresas que já estavam no digital saíram na frente nesse período. Ao contrário das lojas físicas que tiveram que se adaptar em meio a pandemia e conquistar um novo espaço.
E a maioria das vendas foram realizadas através do smartphone. Ou seja, um ponto de atenção importante para as marcas que, muitas vezes, não se preocupam com a estrutura dos sites para dispositivos móveis. Lembre-se que a experiência do cliente deve ser em todos os canais.
As lojas de departamentos foram as que mais venderam, elas totalizaram 84,3% do faturamento. Em segundo lugar nas vendas no e-commerce, mas ao mesmo tempo distante, estão os artigos esportivos, que representam 2,8% das vendas. Produtos de informática tiveram 2,4% das vendas, seguido de roupas com total de 2,2% e por último auto serviço com 1,8%.
E os resultados de 2020 levantam mais um alerta para as marcas que estão no digital, a preferência por frete grátis. Afinal, 43% das vendas foram realizadas por essa modalidade de entrega. Então, se você não oferece esse tipo de “cortesia” para os seus clientes, vale a pena pensar em uma estratégia para disponibilizar e chamar mais atenção para sua marca.
Vendas no e-commerce brasileiro no primeiro trimestre
De acordo com pesquisa realizada pela Neotrust, empresa de Data Intelligence, o primeiro trimestre de 2021 manteve um crescimento nas vendas no e-commerce brasileiro. Foi um total de 78,5 milhões de vendas, o que significa um aumento de 57,4% em relação ao mesmo período de 2020. Já o faturamento total foi de R$35,2 bilhões. Ou seja, 72,2% a mais que no primeiro trimestre do ano passado.
Os produtos que mais venderam nesse período foram: telefonia, que está em primeiro lugar com 21,2% do total faturado. Em seguida, eletrodomésticos e ventilação com total de 17%. E logo depois vem o entretenimento com 12,6%.
Lembrando que o primeiro trimestre de 2021 não tinha as melhores expectativas, já que a perspectiva era de uma melhoria na situação da pandemia no Brasil. Porém, novas variantes chegaram e muitos brasileiros mantiveram a quarentena. Com isso, continuaram com as compras online, conforme o resultado dos três primeiros meses deste ano.
O primeiro semestre de 2021
A Neotrust realizou uma pesquisa para avaliar as vendas no e-commerce do primeiro semestre de 2021 e constatou 164,2 milhões de pedidos. Ele foi melhor que esse mesmo período de 2020, mas não conseguiu superar o segundo semestre do ano passado. Porém, é válido lembrar que é a época de Black Friday e Natal, que geralmente já elevam as vendas.
O primeiro semestre de 2020 teve um impacto positivo em relação às vendas no digital, com um total faturado de R$54,3 bilhões. Mas, o faturamento nesses seis primeiros meses de 2021 surpreendeu ainda mais, foi o total de R$74,7 bilhões. Ou seja, um crescimento de 37,6%.
Esse resultado revela uma confiança dos brasileiro em relação às compras online. Ou seja, pode ser o princípio de um novo hábito mesmo fora da pandemia. E essa é uma atenção que as marcas precisam ter. Você já tem um e-commerce muito bem estruturado? Se a resposta for “Não”, já é hora de agir para não ficar para trás.
Para que você tenha uma ideia do crescimento das vendas no e-commerce, cerca de 7,1 milhões de pessoas realizaram a primeira compra no digital nesse período. Ou seja, é praticamente toda a população do Paraguai.
Agora a expectativa é para as datas comemorativas do segundo semestre de 2021. Com todo crescimento dos seis primeiros meses do ano, a expectativa é bem positiva.
Como você já sabe que o e-commerce tem se destacado neste período, que tal ler mais sobre Vender na internet em tempos de pandemia?
A foto principal deste arrtigo é de autoria de Andrea Piacquadio no Pexels
Carlos Zamora
Quase 20 anos de experiência em web e 15 anos de experiência em e-commerce, com foco em Magento (desde 2008) e WooCommerce (Wordpress). Mais de 10 anos de experiência de trabalho diário com SEO.
Ex-palestrante do UOL, especialista na IBM, Banco Real, ABN Amro, Santander e HostDime.com Inc. (EUA) | Trabalha na Agência SOFT a partir de Nelas, Portugal.
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